Quinta do Mouro


A História do Azeite.


A gênese do cultivo da oliveira e da fabricação de azeite, através da prensagem de seus frutos , está perdida no tempo e se mistura à história da expansão das civilizações do Mediterrâneo que deixaram sua marca na cultura ocidental.

Fósseis de folhas de oliveira foram encontrados em Mongardino, Itália, e também em estratos do Paleolítico Superior no Norte de África. Pedaços de oliveiras selvagens também foram descobertos em escavações do período Calcolítico e da Idade do Bronze, na Espanha. A existência da oliveira, portanto, remonta ao décimo segundo milénio A.C.

A oliveira selvagem teve origem na Ásia Menor, onde é extremamente abundante e cresce em florestas densas. Ela parece ter se espalhado a partir da Síria para a Grécia através da Anatólia, embora outras hipóteses apontem para baixo Egito, Núbia, Etiópia, as Montanhas Atlas ou a determinadas zonas da Europa como sua área de origem.

No século 16 A.C, os fenícios começaram a divulgar a azeitona nas Ilhas Gregas,e posteriormente - entre os séculos X e XII A.C – no continente grego onde seu cultivo aumentou e ganhou grande importância no século XV A.C.

A partir do século VI A.C, deu-se a propagação da oliva e de seus preparos, como o azeite, para todo os países do Mediterrâneo atingindo Tripoli, Tunis, Sicília e, a seguir, a região Sul da Itália.
Os romanos continuaram a expansão da oliveira para os países ribeirinhos do Mediterrâneo, usando-a como uma arma pacífica em suas conquistas. Foi introduzida em Marselha por volta de 600 A.C e, de lá, espalhou-se para toda a Gália. A oliveira fez sua aparição na Sardenha, na época Romana, enquanto para a regão da Córsega foi trazida somente após a queda do Império.

Na Espanha, a olivicultura foi introduzida durante a dominação marítima dos fenícios ( 1050 A.C), mas não se desenvolveu de forma notável até a chegada de Scipio (212 A.C) e do primado romano (45 A.C). Após a terceira guerra púnica, o cultivo das azeitonas ocupava uma grande extensão do vale Baetica e se espalhava em direção às áreas cent rais e da costa mediterrânica da Península Ibérica, incluindo Portugal. Os árabes trouxeram suas variedades com eles para o sul de Espanha e influenciaram a expansão do cultivo, tanto que as palavras em espanhol para oliveira (aceituna), óleo (aceite) e os termos em português azeitona e azeite tem origem árabe.

Com a descoberta da América (1492) o cultivo das oliveiras se expandiu para além dos limites do Mediterrâneo. As primeiras árvores de oliva foram trazidas de Sevilha para as Índias Ocidentais e, posteriormente, para o continente americano. Em 1560, olivais já estavam sendo cultivados no México e depois Peru, Califórnia, Chile e Argentina, onde uma das plantas trazidas durante a Conquista - a árvore Arauco velha oliveira - vive até hoje.

A oliveira, definitivamente, conquistou o mundo e hoje é cultivada em locais tão distantes de suas origens como a África do Sul, Austrália, Japão e China. Um prazer típico do Mediterrâneo atualmente é apreciado em todo o mundo.

Algumas Curiosidades sobre o Azeite

Todas as azeitonas são verdes e ficam negras com a maturação.

Os azeites produzidos no início das safras são originários de azeitonas mais verdes, produzindo azeites mais picantes. Ao final das safras os azeites são mais doces e suaves.

O grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o aroma ou o sabor do azeite. A acidez é um parâmetro de qualidade, sem relação com requinte gastronômico.

O azeite resiste a baixas temperaturas, adquire uma aspecto leitoso que desaparece quando colocado em temperatura natural. Já a exposição à temperaturas altas pode destruir os antioxidantes, mantendo, no entanto, as características de composição.

Na história da humanidade o azeite de oliva já foi utilizado para marcar mulheres virgens (Sumérios), acalmar dores, analgésico e cicatrizante (Romanos), como combustível para iluminação (Romanos e Gregos), além de ser usado untando-se o corpo para proteção térmica.


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